O Trabalho em Rede na Intervenção dos Assistentes Sociais dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia

Nome: TALITA PRADA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 22/06/2015
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
MARIA LUCIA TEIXEIRA GARCIA Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
BERENICE ROJAS COUTO Examinador Externo
ELIZA BARTOLOZZI FERREIRA Examinador Externo
MARIA LUCIA TEIXEIRA GARCIA Orientador
SILVIA CRISTINA YANNOULAS Examinador Externo

Resumo: O objetivo foi analisar o conceito de redes apropriado na intervenção dos assistentes sociais dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia para evidenciar a matriz teórica que estes conceitos se vinculam e a que interesses (discentes, Instituição, Ministério da Educação) a utilização destes conceitos atendem. Sua relevância está na carência, ou até mesmo a inexistência, de uma perspectiva crítica de análise sobre as redes de políticas sociais e a articulação do debate sobre a rede, a educação e os Institutos Federais. A relevância social da pesquisa está na reflexão, compreensão e problematização da rede de políticas sociais na educação no que diz respeito à educação profissional, em meio às aceleradas mudanças ocorridas com a expansão da Rede Federal de Ensino nos últimos dez anos (2003 2013) passando de cento e quarenta e duas instituições, em 2003, para quinhentos e cinquenta e quatro, previstas até o final de 2014 e que refletem diretamente nas condições de trabalho do assistente social. Foi realizada revisão de literatura, análise documental e pesquisa de campo (aplicação de questionários com 150 assistentes sociais dos Institutos e a realização de entrevistas semi-estruturadas). Os sujeitos foram os assistentes sociais com mais de dois anos de exercício profissional nos Institutos Federais do Brasil. Por se tratar de uma pesquisa de abordagem mista, para análise dos dados utilizamos: a análise de conteúdo (dados qualitativos) e análise estatística descritiva (para os dados quantitativos). Os dados apontam o perfil de um profissional qualificado e que teve sua inserção intensificada nos Institutos a partir de 2009, com a finalidade de executar o Programa Nacional de Assistência Estudantil. A articulação, ainda que pontual, foi colocada como importante para o processo de garantia de direitos. Em relação ao trabalho em rede, entre os profissionais não havia muita clareza da sua definição, por isso o grupo ficou dividido entre os que consideravam e os que não consideravam trabalhar em rede. O conceito rede apropriado na intervenção profissional nos Institutos esteve vinculado principalmente à formulação de Manuel Castels. A rede é considerada como lócus da negociação, da informação, da participação, da corresponsabilização, das relações horizontais e democráticas como se não houvesse conflito, correlação de forças e disputa por projetos antagônicos de sociedade. Apesar disso, a não adoção desta perspectiva e até mesmo a sua crítica foi traçada por muitos profissionais. Concluímos que a adoção do conceito na perspectiva de Castells vem mascarar as condições de barbárie próprias do capitalismo e reflete a falta de uma perspectiva crítico na definição do conceito, mas, que provém da apropriação dos discursos no interior da experiência profissional e não por uma concepção assumida, por meio de um processo reflexivo, no interior da profissão. Esta adoção quando priorizada e pensada na perspectiva da instituição, vem atender principalmente as demandas institucionais e do Ministério da Educação. Quando pensado pelos profissionais, com o enfrentamento das limitações institucionais internas e externas, o intuito é atender as demandas estudantis para possibilitar o acesso aos direitos.

Palavras-chave: Rede. Política Social. Educação. Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia. Serviço Social.

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