Apropriação e expropriação da velhice como um dos elementos para a reprodução do capital

Nome: ANIELE ZANARDO PINHOLATO
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 30/04/2013
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
MARIA DAS GRAÇAS CUNHA GOMES Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
MARIA DAS GRAÇAS CUNHA GOMES Orientador
MARIA HELENA RAUTA RAMOS Examinador Externo
MARIA MADALENA DO NASCIMENTO SARTIM Examinador Interno

Resumo: Considerando a teoria do valor-trabalho em Marx e, tendo em vista que a criação de valor na sociedade capitalista depende do consumo - pelo capital - do valor de uso da mercadoria força de trabalho, essa Dissertação procurou problematizar o duplo e contraditório movimento de apropriação e expropriação da velhice pelo capital. Realizou-se uma pesquisa bibliográfica e documental, a partir do referencial marxista, buscando-se dialogar com os autores a partir de categorias teóricas que proporcionaram relacionar o envelhecimento e a velhice do trabalhador à mundialização da economia e reestruturação do capital, cujos efeitos se revelam perversos para o mundo do trabalho. Resultam dessa abordagem as seguintes questões: os mitos e estereótipos que caracterizam a velhice como dependente, como sinônimo de sofrimento e ausência de beleza física, estão aos poucos sendo superados. O capitalista já percebeu que não é estratégico reproduzir tais mitos e estereótipos. A velhice é fonte de possibilidades mercadológicas e nesse sentido, é fonte de realização da mais-valia. A rotação do capital e a renovação dos seus ciclos no processo produtivo dependem, além da exploração de força de trabalho na esfera produtiva, do consumo das mercadorias. Guiou também as reflexões, a formação da superpopulação relativa. Como fruto do movimento histórico, os velhos na contemporaneidade não habitam apenas a esfera do pauperismo. Fruto das lutas sociais, a classe trabalhadora tem conquistado o direito ao envelhecimento. Pela aposentadoria ou mesmo através das políticas assistenciais de transferência monetárias, os idosos possuem renda. Isso significa que mesmo em situação de miséria e indigência, são também trabalhadores que transitam pelas demais formas de superpopulação relativa. Conclui-se, por fim, como fato indiscutível, que o atual e acelerado processo de envelhecimento está alterando as relações sociais: na acumulação capitalista e nas respostas do Estado.

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