Alargando as Margens: um Estudo Sobre Processos de Resiliência em Adolecentes em Conflito Com a Lei

Nome: BRUNO ALVES DE SOUZA TOLEDO
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 31/03/2010
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
EDINETE MARIA ROSA Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
EDINETE MARIA ROSA Orientador
GILSILENE PASSON PICORETI FRANSCISCHETTO Examinador Externo
LÍDIO DE SOUZA Examinador Externo

Resumo: Este estudo tem por temática a adolescência em conflito com a lei, especificamente um estudo dos adolescentes submetidos à medida socioeducativa de internação. Ancorado nas teorias da sociologia das ausências, que visa afirmar que o não existente é na verdade construído como inexistente; na teoria da invisibilidade pública que trata a visibilidade social como condição de afirmação da própria natureza humana; e na teoria da resiliência que concebe a superação das adversidades da vida como o produto final de um processo de interação entre o sujeito e mecanismos de proteção disponíveis a ele, este estudo de múltiplos casos tem por objetivo analisar de que modo eventuais processos de resiliência experimentados por adolescentes submetidos à internação interferem ou não nos processos de reincidência no sistema sócio-educativo, a partir da vivência de três adolescentes internos reincidentes e três adolescentes que passaram pela internação e encontram-se egressos da Unidade de Internação Social UNIS. Os principais resultados dessa pesquisa indicam que a internação se mostrou como um risco e não como proteção ao adolescente, isso porque para todos os entrevistados a significação da experiência foi apenas a do sofrimento. O que diferencia, perversamente, os caminhos dos adolescentes que reincidem ou não são os frágeis mecanismos de proteção alheios ao próprio Estado. Nesse sentido, destaca-se o papel desempenhado pela família durante e depois da internação, pela religião e pela defesa técnica que esteve à disposição do adolescente no processo judicial. Foi possível, portanto, perceber que todos os adolescentes entrevistados demonstraram a vontade de superar as adversidades, todavia, apenas os que não reincidiram encontram mecanismos de proteção que pudessem suportar tal decisão.

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