A LUTA DO CAMPESINATO E O PROGRAMA DE AQUISIÇÃO DE ALIMENTOS: UM OLHAR CRÍTICO

Nome: MARINA DE ABREU QUEIROZ
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 11/04/2019

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
GILSA HELENA BARCELLOS Examinador Externo
PAULO NAKATANI Examinador Interno
RENATA COUTO MOREIRA Orientador

Resumo: Sob a égide do neoliberalismo, o movimento de reestruturação do capitalismo globalizado e imperialista transformou a reprodução da condição de dependência das nações latino-americanas. A relação capital e trabalho continua a ser o centro, assim como preconizava Marx. Contudo, novos sujeitos políticos e categorias complexas se desenvolvem nessa estrutura econômica. Os movimentos sociais do
campo aparecem como os grandes atores políticos da luta de classes no
período de globalização, ao contestar o capital e ao se organizarem em
torno da criação de novas relações sociais e de produção arraigadas no
conceito de soberania alimentar. Nesse contexto, instituiu-se no ano de 2003 o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), vinculado ao Projeto Fome Zero e ao conceito de segurança alimentar apareceu como um dos principais programas que materializa o direito humano à alimentação no Brasil. O PAA, que é uma política governamental, precisa ser estudada sob duas perspectivas da luta de classes. Primeiro como uma política recomendada pelos organismos imperialistas para garantir a coesão da sociedade e impedir o aumento acentuado dos fenômenos sociais oriundos da extrema desigualdade que o sistema econômico hegemônico provoca. E segundo como uma conquista da luta da classe do campesinato pela terra (Reforma Agrária) e da luta na terra (para reprodução econômica e social dos povos). Entretanto, pergunta-se: que cara tem o imperialismo nessa nova fase? E principalmente,
quem é esse campesinato que aparece no século XXI como sujeito político essencial no movimento antiglobalização? Procuraremos na história a partir do método materialista histórico-dialético algumas respostas e indagações sobre ambos os lados da luta de classes, que se recriam no movimento dialético do capitalismo. Feito essas considerações, poderemos indagar se o PAA é uma conquista (da luta dos movimentos camponeses) ou se são recomendações (dos organismos imperialistas). Ou ainda, de acordo com o método dialético: uma verdade não nega a outra, elas se interligam e complementam.

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