A REFORMA DO SISTEMA DE PENSÕES CHILENO DE 2008: FUNDAMENTOS E RESULTADOS

Nome: MIRELLA JANUÁRIO MAGIONI
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 30/11/2018

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
CLAUDIO LARA CORTES Examinador Externo
JEANE ANDRÉIA FERRAZ SILVA Examinador Interno
LUIZ JORGE VASCONCELLOS PESSÔA DE MENDONÇA Orientador
ROSA MARIA MARQUES Examinador Externo
SILVIA NEVES SALAZAR Examinador Interno

Resumo: A América Latina foi palco de importantes transformações de ordem econômica e social durante as décadas de 1980 e 1990. Tais transformações estão relacionadas com o processo de esgotamento
do modelo nacional desenvolvimentista que vigorou entre os anos 1930 a 1980, no continente, e também, em última instância, com a crise do sistema capitalista da década de 70, que colocou em xeque o regime de acumulação fordista e o intervencionismo estatal na economia e nas políticas sociais. Nesse sentido, o Chile foi o primeiro país a adotar os princípios neoliberais, entre eles a substituição do sistema de repartição simples pelo sistema de capitalização individual. A justificativa do governo de Pinochet para a reforma pautava-se na dificuldade de financiamento do sistema de repartição e os baixos níveis de pensão ali oferecidos. A introdução do sistema privado gerou muitas lacunas previsionais porque muitos trabalhadores não puderam contribuir os vinte anos exigidos devido ao aumento do desemprego, o que gerou um exército de trabalhadores desprotegidos na velhice. Todas essas questões conduziram o governo chileno, liderado por Michele Bachelet em 2006, a discutir novas reformas com o objetivo de incluir os trabalhadores descobertos. Em 2008 foi aprovada a Lei 20.255 que, entre outras coisas, criou o pilar solidário, um tipo de benefício não contributivo e focalizado nos grupos mais pobres, sem, contudo, alterar o modelo de mercado dos fundos de pensão. Conclui-se que a reforma do Sistema de Pensões chileno realizada em 2008 constituiu-se como
uma forma de adequar/atualizar os princípios instituídos em 1981 às
necessidades sociais ante a agudização das contradições do sistema
capitalista nas últimas três décadas no país. Como resposta a essas
contradições foram instituídas reformas que atualizaram os princípios
neoliberais tendo como base o estabelecimento de uma política social
focalizada para atender os segmentos mais pauperizados da população.

Acesso ao documento

Acesso à informação
Transparência Pública

© 2013 Universidade Federal do Espírito Santo. Todos os direitos reservados.
Av. Fernando Ferrari, 514 - Goiabeiras, Vitória - ES | CEP 29075-910